Nem de epilepsia e transtorno bipolar vivo eu!
Isso mesmo, pra quem pensou que esses são os únicos males da minha saúde se enganou feio, é claro que essas duas são as mais sérias e as que mais atrapalham minha vida, contudo, eu ainda tenho muita história pra contar
Vamos pelo começo, três dias antes do parto da minha mãe eu me enrolei, com duas voltas, o cordão umbilical envolta do pescoço, os médicos não sabiam, pensavam que estava tudo bem, minha mãe tinha dilatação então o parto seria normal, mas eu não saia de jeito nenhum do ventre da minha mãe.
Isso mesmo, pra quem pensou que esses são os únicos males da minha saúde se enganou feio, é claro que essas duas são as mais sérias e as que mais atrapalham minha vida, contudo, eu ainda tenho muita história pra contar
Vamos pelo começo, três dias antes do parto da minha mãe eu me enrolei, com duas voltas, o cordão umbilical envolta do pescoço, os médicos não sabiam, pensavam que estava tudo bem, minha mãe tinha dilatação então o parto seria normal, mas eu não saia de jeito nenhum do ventre da minha mãe.
Tinham dois médicos um auxiliar e o que fez o pré-natal da minha mãe, o auxiliar queria me puxar com fórceps, pra quem não sabe o que é isso, se trata de um ferro que encaixa na cabeça e nas costas do bebê quando o parto está difícil, o outro médico queria fazer cesárea, minha mãe conta que houve uma pequena discussão, como o meu batimento cardíaco diminuiu, o médico chefe decidiu fazer a cirurgia, mesmo a contra-gosto o outro aceitou. Se me puxassem com fórceps eu teria morrido enforcada, felizmente não foi isso que aconteceu.
Com mais ou menos um mês de vida eu tive uma infecção de urina comum ás crianças que passam a usar todo seu sistema biológico fora do ventre. Depois dos 17 anos tive mais umas 3 infecções de urina, nada sério, meu médico falou que eu provavelmente tinha sofrido uma pancada muito forte na região da bexiga, mas essa é outra história.
Minha mãe fumou muito durante a gravidez, até deram o apelido de Maria fumaça pra ela, na minha infância meu pai e minha mãe fumavam normalmente do meu lado, eu me lembro até hoje, com 5 anos eu fui internada pela primeira vez, quem diagnosticou foi o mesmo médico que fez o parto da minha mãe, bronquite alérgica, fiquei quase um mês internada, depois disso até uns 12 anos era rotina, a cada seis meses eu ficava internada, fora os antibióticos, antialérgicos, corticóides que fizeram meu cabelo cair, mas nunca cheguei a ficar careca de tudo, só fiquei com pouquíssimo cabelo, fazia inalação de todo tipo pelo menos uma vez por semana.
Meu médico falava que eu tinha brônquiolite, que era inflamação devido alergia nos brônquios, nunca precisei usar a bombinha, hoje com meus 23 anos durante o inverno eu faço inalação quase todo dia a noite, no verão é difícil atacar.
A bronquite me trouxe outros “ites” que é comum nas pessoas com esse tipo de problema, adquiri sinusite e renite alérgica, tomo vários remédios e vários anti-congestionantes no nariz. Desde meus 5 anos de vida que eu não sei o que acordar e dormir sem tomar remédio, graças a isso, e outros problemas de humor eu também tenho gastrite nervosa.
Falar de mim é fácil, qualquer um pode fazer, ser eu é muito mais difícil, se eu não trabalhar e estudar por estar doente eu não vivo, me permito descansar quando é realmente necessário, isso da um pouco de medo nas pessoas que se preocupam comigo, uma vez me falaram que tinha medo que eu passasse mal e caísse ali na frente dela, que a qualquer hora eu podia ter um treco e morrer.
Tudo na vida da gente é aprendizado, com certeza foi uma das maiores lições da minha vida, eu entendi o que ela disse, e sigo aprendendo. Se algum dia eu vou parar de tomar remédio não sei, mas eu continuo lutando.